Da redação*
São Paulo – O banco de investimentos Gulf Finance House (GFH), do Bahrein, anunciou nesta semana um projeto para criação de uma nova companhia, a Cemena. A instituição quer fazer da companhia uma das maiores indústrias de cimento do Oriente Médio e Norte da África. As informações foram divulgadas no site do jornal Khaleej Times, de Dubai.
A empreitada, com investimento estimado em US$ 2 bilhões, será realizada em parceria com as empresas Associated Group, do Paquistão, Emirates Islamic Bank, dos Emirados Árabes Unidos, Capcorp, do Canadá, Holtec, dos Estados Unidos, e China National Building Material Group Corporation, da China.
De acordo com nota divulgada à imprensa pelo GFH, o projeto prevê a construção de unidades industriais em sete países árabes. A previsão é de que a produção comece no segundo semestre de 2010 e atenda a 10% da demanda por cimento da região.
A nova companhia terá capacidade de produção inicial de 12 milhões de toneladas ao ano. A meta final do Gulf Finance House é de produzir 24 milhões de toneladas ao ano.
A quantidade de projetos públicos e privados de construção na região gerou uma forte demanda por cimento. Somente nos seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) – Arábia Saudita, Bahrein, Kuwait, Omã, Catar e Emirados – o consumo anual de cimento é de aproximadamente 62 milhões de toneladas ao ano. Esse volume deve crescer 40% nos próximos cinco anos, segundo o site árabe de notícias Al Bawaba.
Para atender a essa demanda, a Cemena vai operar inicialmente nos Emirados, Bahrein, Síria, Jordânia, Iêmen, Omã e Líbia. No futuro, a nova companhia deverá expandir sua presença para outros mercados.
“Existem muitas oportunidades no mercado. Por isso, reunimos os maiores empresas de cimento do mundo e os melhores consultores para criar esse projeto, com o objetivo de atender às necessidades do GCC, Oriente Médio e Norte da África”, disse o presidente do GFH, Esam Janahi.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum