São Paulo – A balança comercial brasileira registrou superávit pelo sexto mês consecutivo em agosto e pela primeira vez o saldo acumulado ao longo do ano ficou positivo. As exportações renderam US$ 20,465 bilhões no mês passado, e as importações, US$ 19,297 bilhões, o que resultou em superávit de US$ 1,168 bilhão.
No acumulado de janeiro a agosto, as vendas externas totalizaram US$ 154,02 bilhões, as compras, US$ 153,771 bilhões, e o saldo ficou em de US$ 249 milhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (01) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Isto não significa, porém, que ocorreu um avanço das exportações e um recuo nas importações. Em agosto isoladamente, ambas as operações cresceram apenas 0,1% em relação ao mesmo período do ano passado, pela média diária. No acumulado de 2014, a média diária das vendas externas recuou 0,5% sobre o mesmo período de 2013, e a das compras caiu 3% na mesma comparação.
Segundo o MDIC, em agosto cresceram apenas os embarques de produtos manufaturados (3,8%), com destaque para uma plataforma de petróleo, laminados planos, óleos combustíveis, tubos de ferro fundido, óxidos e hidróxidos de alumínio, polímeros plásticos, máquinas para terraplanagem e medicamentos.
As vendas de itens básicos recuaram 3,3% no mês, principalmente por causa do milho, minério de ferro, soja e fumo. Aumentaram, no entanto, as exportações de algodão, café, petróleo, farelo de soja, minério de cobre e carne bovina, suína e de frango.
A exportação de semimanufaturados caiu 1,8%, especialmente em função do açúcar bruto, celulose e alumínio bruto. Cresceram, porém, os embarques de semimanufaturados de ferro e aço, ferro-ligas, óleo de soja bruto, couros, ferro fundido e ouro em forma semimanufaturada.
As vendas cresceram para a Europa Oriental, Oriente Médio, América Latina e Caribe. As exportações para as demais regiões caíram.
Importações
Na outra mão, aumentaram as importações de combustíveis e lubrificantes (30,6%), ao passo que recuaram as compras de bens de consumo (8,2%), bens de capital (7,3%), matérias primas e intermediários (1,1%).
Entre os fornecedores, aumentaram as importações do Oriente Médio (213,8%) e África (56,8%). Das duas regiões, avançaram principalmente as compras de petróleo, derivados, fertilizantes e outros produtos químicos. Caíram as aquisições de todas as outras regiões.