São Paulo – A balança comercial brasileira encerrou setembro com déficit de US$ 939 milhões, com quedas nas exportações, mas importações recordes para o período. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (01) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), caíram as vendas das três categorias de produtos: básicos, semimanufaturados e manufaturados.
Segundo o MDIC, nos 22 dias úteis do mês passado foram exportados US$ 19,617 bilhões, valor médio diário 10,2% menor do que o registrado em setembro de 2013. As importações, por outro lado, somaram US$ 20,556 bilhões no período, um aumento de 4% na mesma comparação.
No mês passado, as exportações de produtos básicos foram 15,1% menores do que um ano antes. Entre os semimanufaturados, a queda foi de 2,9%, e entre os manufaturados, de 8%.
Entre os básicos, as principais quedas foram registradas nos embarques de milho em grão, minério de ferro, farelo de soja e petróleo bruto. Entre os semimanufaturados, recuaram as vendas de óleo de soja bruto, catodos de cobre e alumínio bruto. Na categoria dos manufaturados, as retrações mais significativas foram nos embarques de automóveis de passageiros, óleos combustíveis, veículos de carga e autopeças.
Entre as importações, as compras de combustíveis e lubrificantes cresceram 49,1%, já as de bens de consumo caíram 4,2%; as de matérias-primas e intermediários se retraíram em 2,7% e as de bens de capital foram 2,2% menores.
Blocos
As compras que o Brasil fez do Oriente Médio cresceram 102,8%, em razão do aumento das importações de petróleo bruto, querosenes, óleos combustíveis, ureia e inseticidas. As compras feitas de países africanos subiram 47,9%, também em razão das importações de petróleo bruto, além de naftas, adubos e fertilizantes, ureia, automóveis de passageiros, algodão bruto e outros hidrocarbonetos.
Já as exportações do Brasil para o Oriente Médio caíram 13,2%, e para a África foram 1,4% menores.
No acumulado do ano, o Brasil exportou US$ 173,635 bilhões e importou US$ 174,325 bilhões. O saldo comercial do ano acumula déficit de US$ 690 milhões.