Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa, disse hoje que vai emprestar US$ 1 bilhão para a Embraer para operações futuras.
Esse não foi o único assunto tratado por Lessa. Ele anunciou, também, que vai enviar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a relação dos nomes das pessoas que sabiam do acordo entre o banco estatal e a AES, controladora da Eletropaulo.
No início da semana, Lessa admitiu a possibilidade de vazamento de informações sobre o acordo, uma vez que ações da empresa paulista subiram dias antes do anúncio do acordo.
“A lista tem mais de dez nomes. O primeiro é o meu. Envolve também dirigentes do banco, técnicos, e até a secretária que digitou o acordo”. O objetivo é descobrir de que forma vazou a informação antes do anúncio do acordo.
Em relação à fusão da Varig com a Tam, Lessa afirmou que ainda não recebeu o acordo firmado na quarta-feira em São Paulo, mas está com um esquema montado para analisá-lo. Reafirmou que não vê outro modo de ajudar a companhia gaúcha se não for por intermédio da fusão.
Lembrou, ainda, que o acordo será submetido ao ministro da Defesa, José Viegas, designado pelo presidente Lula para coordenar o processo de fusão. "O Brasil precisa ter uma companhia de aviação sólida, bem estruturada e que voe em céu de brigadeiro ( capital de giro para se sustentar durante pelo menos 3 meses sem outros recursos externos)".
Parceria com Cuba
Carlos Lessa disse ainda que está estudando com Cuba a possibilidade de um acordo de cooperação em torno de fármacos. “Há alguns produtos que nos interessam. O BNDES está extremamente interessado em tudo que diz respeito a princípios ativos, fármacos e vacinas", afirmou.
O presidente do BNDES não informou quando será assinado o acordo. Acredita, no entanto, que a cooperação em torno dos fármacos permitirá acesso ao Brasil de políticas “que eles já tem amadurecidas”.