São Paulo – A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta segunda-feira (20) uma pesquisa sobre o peso dos impostos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) nos países da América Latina e Caribe. O levantamento, feito em conjunto pela OCDE, a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e Caribe (Cepal) e o Centro Interamericano de Administrações Tributárias (Ciat), mostra que arrecadação de impostos na região está crescendo, mas sua participação no PIB ainda é menor do que a média das economias da OCDE.
A pesquisa feita em 18 países revela que a carga tributária média correspondeu 19,5% do PIB em 2008, caiu para 18,9% em 2009 e depois subiu continuamente até 20,7% em 2012. O peso dos impostos vem crescendo de forma significativa nas últimas duas décadas, segundo o estudo. Em 1990, a fatia do Fisco no PIB latino-americano era de 13,9%.
A média da OCDE é de 34,6%. Embora a média da América Latina esteja abaixo disso, em duas das principais economias da região a carga tributária está acima: Argentina, com 37,7%; e Brasil, com 36,3%. Na outra ponta, os dois países latino-americanos que têm a menor relação entre os impostos e o PIB são a Guatemala (12,3%) e a República Dominicana (13,5%). Entre as nações da OCDE, a carga mais alta é a da Dinamarca (48%) e a mais baixa é a do México (19,6%).
A OCDE reúne 34 das principais economias desenvolvidas e emergentes do mundo. O Brasil e a Argentina, porém, não são membros. Da América Latina, fazem parte apenas o México e o Chile.