Rio de Janeiro – O clima econômico na América Latina piorou em julho relação a abril, segundo Indicador de Clima Econômico da América Latina divulgado nesta quarta-feira (13) pela Fundação Getúlio Vargas. O índice, que é feito em parceria com o instituo alemão Ifo, passou de 90 pontos em abril para 84 pontos em julho. Ele caiu 7% no período para o menor patamar desde julho de 2009.
Segundo a pesquisadora da FGV Lia Valls, a principal contribuição veio da avaliação do momento atual, que caiu de 82 para 72 pontos. O Brasil, que é a segunda maior economia em termos de comércio, depois do México, registrou piora em todos os indicadores. A pontuação do Brasil no índice de clima econômico (55 pontos) está abaixo da Argentina (57 pontos), comentou ela, ao ressaltar a crise financeira por que passa o país vizinho. O indicador caiu 22,5% para o Brasil de abril para julho.
"Temos visto uma acentuada piora do clima econômico desde o início do ano. A expectativa também caiu, mas menos", comentou Lia sobre a região. O subíndice que se refere às expectativas recuou de 98 para 96 pontos no mesmo período. "O que a sondagem mostra é que no curto prazo não haverá melhora desse indicador", declarou a pesquisadora.
O indicador de Clima Econômico na América Latina caiu enquanto no mundo houve aumento de 3%. A piora não é influenciada por questões externas, mas domésticas, diz a pesquisadora. "Enquanto no restante do mundo a situação está melhorando, aqui tem piorado sistematicamente", comentou Lia.
O ICE é feito levando em conta a participação de cada país na corrente de comércio da região. Dos cinco principais, apenas o México teve melhora no clima econômico, o que pode ser consequência, segundo a FGV, da recuperação econômica dos Estados Unidos.
*Com informações da redação