Argel – O déficit comercial da Argélia recuou 34% nos dez primeiros meses de 2017, frente ao mesmo período do ano passado, para US$ 9,5 bilhões, segundo informações publicadas pela agência de notícias Algérie Presse Service (APS).
As exportações do país aumentaram 17,1% na mesma comparação e chegaram a US$ 28,67 bilhões. Os dados são do Centro Nacional de Informática e Estatísticas das Alfândegas (CNIS, na sigla em francês). Já as importações recuaram 1,8% de janeiro a outubro e ficaram em US$ 38,18 bilhões. A Argélia vem tentando conter as importações com a queda dos preços do petróleo, sua principal fonte de divisas.
Os hidrocarbonetos (petróleo, gás e derivados) continuam a responder por grande parte das exportações argelinas. Os embarques destes produtos renderam US$ 27,18 bilhões de janeiro a outubro, ou 94,8% do total. O valor das vendas externas do setor cresceu 18% sobre os dez primeiros meses do ano passado em função de alguma retomada dos preços do petróleo, de acordo com a APS.
As exportações de outros produtos somaram apenas US$ 1,49 bilhão, um aumento de 3,4% em relação ao período de janeiro a outubro de 2016.
O Brasil foi o quinto principal mercado da Argélia no período, com importações de US$ 1,72 bilhão, um avanço de 29,6%, atrás apenas da Itália, França, Espanha e Estados Unidos.
Na seara das importações, houve aumento das compras de alimentos, produtos semimanufaturados, combustíveis e lubrificantes, e bens de capital agrícolas. Houve redução, no entanto, nas aquisições de bens de capital industriais, bens de consumo e de produtos básicos.
O Brasil foi 10º maior fornecedor da Argélia de janeiro a outubro, com exportações de US$ 1,18 bilhão, um aumento de 16,4% sobre o mesmo período de 2016. O Brasil tem historicamente um déficit comercial com a Argélia.