São Paulo – O general Abdel-Fattah El-Sisi deverá ser empossado como novo presidente do Egito no próximo sábado, 7 de junho. De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (03) pelo jornal Al Ahram</i>, a previsão é que ele assuma o comando do Egito na manhã de sábado perante a Suprema Corte Constitucional. Sisi foi oficialmente declarado vencedor das eleições nesta terça-feira (03). Em sua primeira declaração após o anúncio da vitória, ele prometeu estabilidade e “um futuro brilhante” ao Egito.
Segundo a Comissão de Eleições Presidenciais (PEC, na sigla em inglês), Sisi obteve 96,91% dos votos, ou 23,78 milhões. Seu adversário, Hamdeen Sabahi, obteve 757,5 mil votos, o equivalente a 3,09% dos 25,57 milhões de votos apurados. Segundo as informações da PEC, as eleições tiveram comparecimento de 47,5% da população e 1,04 milhão de votos foi declarado inválido.
As eleições deveriam ser realizadas nos dias 26 e 27 de maio, no entanto a PEC decidiu estender o pleito até o dia 28 de maio para que mais eleitores pudessem votar. O presidente da PEC, Anwar El-Assi, afirmou que aproximadamente 10% das pessoas que votaram o fizeram no dia 28. Os candidatos não podem apelar do resultado oficial. A União Africana, a Liga dos Estados Árabes e a União Europeia enviaram observadores para acompanhar o pleito.
Membro de antigo governo
Sisi era integrante do governo do ex-presidente Mohamed Morsi, que o nomeou como comandante das Forças Armadas após tomar posse, em 2012. O descontentamento da população e dos militares levou o exército a depor Morsi, em julho do ano passado, em uma manobra que recebeu o apoio de Sisi. Ele deixou o cargo que ocupava apenas no começo deste ano para concorrer às eleições de maio.
O Egito enfrenta turbulências políticas desde que manifestações populares levaram à renúncia do ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011. Morsi, que é integrante da Irmandade Muçulmana, foi eleito em junho de 2012 e deposto um ano depois. Uma nova eleição foi convocada. Nesse período, países árabes como Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Arábia Saudita enviaram ajuda financeira e forneceram combustível ao país.