São Paulo – É entre sementes de babaçu, tucumã, inajá, açaí, jarina e patauá, plantas originárias da região Norte do Brasil, que o empresário Marcos Sousa trabalha ao lado da mulher, Janete Schmidt. Juntos no comando da Mosaicos Inajá, em Belo Horizonte, Minas Gerais, eles produzem e vendem bijuterias feitas exatamente com mosaicos de sementes e madeira, principalmente de descarte e de demolição. Os anéis, colares e brincos ecologicamente corretos assinados pelo casal são vendidos para todo o País. E exportados para a Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália e Portugal.
Sousa explica que tudo começou depois de uma temporada em Rondônia, para onde o casal se mudou para investir na produção de bijuterias, inicialmente feita com madeira e pedras. Com a descoberta das sementes, e a possibilidade de trabalhar com mosaicos, veio a ideia do novo negócio, hoje sediado na capital mineira. “Voltamos para Minas em 2004, mas até hoje usamos a matéria-prima que trouxemos do Norte”, diz ele. “Nesse ponto, seguimos todos os cuidados de coleta das sementes na época certa, sem causar danos para essas plantas”, explica.
Algumas das peças da Mosaicos Inajá podem receber ainda banhos de ouro ou prata, se essa for a vontade de quem compra. Mas os artigos mais vendidos mesmo são os colares mais rústicos. “Trabalhar com sementes muita gente trabalha, nosso diferencial está nos mosaicos”, afirma. “Os clientes gostam do efeito, desse estilo mais artesanal.”
De acordo com o empreendedor, foram essas características que atraíram os compradores. No Brasil, as vendas são feitas principalmente para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No exterior, novos mercados são bem-vindos, como o mundo árabe. “Temos todo o interesse em mandar nossos produtos para esses países, apenas não encontramos nenhum contato na região ainda”, diz.
Lá fora, uma das últimas ações no sentido de divulgar os mosaicos de sementes foi o envio de peças para a feira Bisutex, de bijuterias e acessórios, em Madri, Espanha, em fevereiro. “Temos o cuidado de levar cestos com as nossas sementes para expor nos eventos dos quais participamos”, diz Sousa. “Até para explicar aos compradores como a produção é feita e como são os materiais que nós usamos.”
Entre todas, a inajá, que dá nome à empresa, é a predileta do empreendedor. “Gosto da cor viva, do tom dourado que ela tem”, explica ele, que divide o trabalho de produção ainda com o sogro e o filho.
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