São Paulo – As exportações brasileiras de calçados aos Emirados Árabes Unidos aumentaram 44% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2017. Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) mostram que o Brasil faturou US$ 1,4 milhão com vendas ao país no mês passado, contra US$ 1 milhão em janeiro do último ano.
Também houve aumento na quantidade embarcada pelas indústrias brasileiras aos Emirados, de 158,3 mil pares para 170,8 mil pares na mesma comparação. O crescimento no volume foi de 7,9%. O Brasil vendeu ao país árabe em janeiro calçados com preços maiores que no começo de 2017. O preço médio subiu de US$ 6,52 para US$ 8,70.
Os Emirados são atualmente o maior mercado dos calçados brasileiros nos países árabes. Eles ocuparam a 14ª colocação no ranking geral de destinos. Entre os 20 maiores compradores de sapatos brasileiros no exterior, os Emirados são o único país árabe a figurar. Os cinco maiores destinos são Estados Unidos, França, Argentina, Paraguai e Itália.
O desempenho da exportação para os Emirados ficou acima da média, já que no geral as vendas internacionais de calçados do Brasil recuaram em janeiro. Elas caíram 1,2% em valores, de US$ 81,3 milhões para US$ 80,4 milhões, e 1,2% em quantidade, de 11,3 milhões de pares para 11,2 milhões de pares. O valor médio do par exportado foi de US$ 7,15.
Em material divulgado pela entidade, o presidente da Abicalçados, Heitor Klein, afirmou que a queda é decorrência principalmente da valorização do real frente ao dólar nos últimos meses de 2017, o que tornou o produto brasileiro menos competitivo no exterior. De acordo com ele, a valorização da moeda brasileira prejudica a competitividade do País principalmente em mercados mais sensíveis a preços, como Estados Unidos.
As exportações do Brasil para os Estados Unidos recuaram 25,4% em valores em janeiro. Entre os cinco maiores mercados, também caiu o faturamento com as vendas para a Argentina. Mas a exportação para a França, Paraguai e Itália subiu. Ao mercado paraguaio os embarques renderam em janeiro deste ano receita 178% maior do que em igual mês de 2017.