Alexandre Rocha
São Paulo – As exportações do Brasil para os países árabes bateram novo recorde mensal em agosto e chegaram a US$ 648,8 milhões, segundo dados divulgados ontem (05) pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. O valor é 5,3% superior ao registrado em agosto de 2005, o terceiro maior da história, e 2%maior do que julho deste ano, o recorde anterior.
"O resultado foi muito bom, principalmente se levarmos em consideração que a base de comparação, agosto de 2005 e julho de 2006, já tinham sido os melhores meses da história das exportações do Brasil aos países árabes", disse o presidente da Câmara Árabe, Antonio Sarkis Jr.
O Egito foi o país árabe que mais comprou do Brasil em agosto, um total de US$ 138,1 milhões, seguido dos Emirados Árabes Unidos (US$ 107,7 milhões), da Arábia Saudita (US$ 106,1 milhões), do Marrocos (US$ 54,7 milhões) e da Argélia (US$ 49 milhões).
Os países que mais cresceram como destino das mercadorias brasileiras foram a Tunísia, que importou o equivalente a US$ 30,8 milhões, um crescimento de 246% em comparação com agosto de 2005, o Iêmen (US$ 46 milhões, mais 110%), o Sudão (US$ 12,6 milhões, mais 88%), Omã (US$ 7,8 milhões, mais 63%) e Argélia (mais 40%).
No acumulado do ano, os embarques brasileiros para a região renderam US$ 3,96 bilhões, um aumento de 20% em comparação com os oito primeiros meses do ano passado. "Estamos voando em céu de brigadeiro", disse Sarkis. As previsões feitas pela Câmara Árabe no início do ano apontavam para um crescimento de 20% nas vendas aos árabes em 2006. No geral, as exportações brasileiras aumentaram 15,9% entre janeiro e agosto.
No período, os principais países de destino foram o Egito (US$ 898 milhões), Arábia Saudita (US$ 864 milhões), Emirados (US$ 603 milhões), Argélia (US$ 286,7 milhões) e Marrocos (US$ 282,3 milhões). Os mercados que mais cresceram foram o Iraque (US$ 52 milhões, mais 215%), o Dijibuti (US$ 6,4 milhões, mais 187%), a Somália (US$ 46 milhões, mais 92%), o Sudão (US$ 41,7 milhões, mais 92%) e o Egito (49,5%).
Importações
As importações de produtos dos países árabes chegaram a US$ 3,84 bilhões, um aumento de 10% em comparação aos primeiros oito meses do ano passado. Em agosto elas somaram 656,3 milhões, uma queda de 25% em comparação com o mesmo mês de 2005. Foi, no entanto, o maior valor mensal registrado este ano, 76% maior do que o de julho.
"Apesar da queda nas importações, a balança comercial continua equilibrada", observou Sarkis. Os principais fornecedores do Brasil no período de janeiro a agosto foram a Argélia (US$ 1,52 bilhão), Arábia Saudita (US$ 1,17 bilhão) e Iraque (US$ 482 milhões), todos tradicionais exportadores de petróleo.