Da redação
São Paulo – As exportações do agronegócio brasileiro renderam US$ 8,789 bilhões nos três primeiros meses do ano, com um aumento de 12% em comparação com o primeiro trimestre de 2004. De acordo com informações divulgadas ontem (11) pelo Ministério da Agricultura, trata-se de um recorde para o período, apesar da seca que atingiu a região sul do país nos últimos meses e causou perdas nas lavouras.
As compras externas do setor, por sua vez, somaram US$ 1,223 bilhão, um crescimento de 0,58% em relação aos primeiros três meses do ano passado. O saldo no período foi favorável ao Brasil em US$ 7,566 bilhões, também um recorde histórico e 14,2% maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2004.
Segundo o ministério, os maiores aumentos foram registrados nas exportações de carnes (bovina, suína e de aves); açúcar e álcool; madeiras e suas obras; café; sucos de frutas, fumo; hortaliças e derivados; leite, laticínios e ovos.
No que diz respeito aos destinos, os embarques para o Oriente Médio cresceram 29,7% e para a África, 19,4%. O maior crescimento, porém, foi registrado nas exportações para a Oceania (48,7%). Em termos absolutos, os maiores importadores foram, nessa ordem, União Européia, Nafta (exceto México) e Ásia.
Em março somente as exportações do setor renderam US$ 3,424 bilhões, um aumento de 5% em comparação com o mesmo mês do ano passado. As importações, porém, caíram 8,3% para US$ 454 milhões, o que resultou em um superávit de US$ 2,97 bilhões, ou 7,4% a mais do que em março de 2004.
Os produtos que mais influenciaram a balança no mês foram as carnes, açúcar e álcool e o café. Os embarques aumentaram mais para a Ásia, Nafta, Mercosul e África.
Quase US$ 40 bi em 12 meses
Nos últimos 12 meses os embarques do agronegócio brasileiro renderam US$ 39,965 bilhões, valor 22% superior ao registrado no período de abril de 2003 a março de 2004. Com importações de US$ 4,887 bilhões, o saldo favorável ao Brasil foi de US$ 35,078 bilhões. Neste período, os produtos que mais influenciaram as exportações foram o complexo soja (grãos, farelo e óleo), carnes, madeiras a suas obras e açúcar e álcool.
A África (+37,7%) e o Oriente Médio (+33%) perderam apenas para os países da América do Sul, excluindo o Mercosul, como os destinos que mais cresceram nos últimos 12 meses.