Da Agência CNI*
Rio de Janeiro – O bom resultado da balança comercial do Rio de Janeiro em novembro confirma um ano positivo para as exportações do estado depois de anos seguidos de déficit. As exportações renderam US$ 962,8 milhões, com crescimento de 59,7% sobre o mesmo mês de 2004. As importações, por sua vez, somaram US$ 601,5 milhões, um aumento de 1,8% ante novembro do ano passado.
Com isso, o superávit comercial foi o segundo maior de todo o ano, no valor de US$ 361,3 milhões, contra apenas US$ 12 milhões em novembro de 2004. Os números constam do boletim Rio Exporta, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado ontem (21).
De janeiro a novembro, as empresas fluminenses exportaram US$ 7,38 bilhões, com um crescimento de 23,1% em relação ao mesmo período de 2004. No acumulado do ano, foram importados produtos no montante de US$ 6,186 bilhões, 7,7% a mais na comparação com o mesmo período do ano passado.
O saldo comercial no ano está positivo para o Rio em US$ 1,19 bilhão, contra US$ 369 milhões no período de janeiro a novembro de 2004. O valor do ano passado já incluía a exportação de um navio-plataforma da Petrobras, no valor de US$ 655 milhões.
Nos últimos três meses, a conta de comércio do estado apresenta comportamento bem distinto entre exportações e importações. Enquanto as exportações a partir de setembro aceleraram o seu ritmo de crescimento, as importações, ao contrário, diminuíram a taxa de expansão.
O bom desempenho das exportações fluminenses foi puxado pelo petróleo, responsável por quase 80% de todo o crescimento verificado entre novembro último e o mesmo mês de 2004. A receita cambial gerada pela commodity foi de US$ 477 milhões no mês, com aumento de 147,8% ante novembro de 2004.
No período de janeiro a novembro, a evolução foi de 56,4% sobre os onze primeiros meses do ano passado, totalizando US$ 3,2 bilhões, correspondendo à média mensal dos últimos 12 meses de quase US$ 300 milhões. Durante todo o ano de 2004, a média mensal foi de US$ 187 milhões.
*Confederação Nacional da Indústria