São Paulo – A Agência de Classificação de risco Fitch Ratings anunciou na manhã desta segunda-feira (04) a elevação da nota de classificação do Brasil. De acordo com a Fitch, o país agora está um nível acima do grau de investimento.
Em comunicado, a empresa avalia que o Brasil tem um potencial de crescimento sustentável entre 4% e 5% e poderá suportar choques na economia. Para a Fictch, o país também tem capacidade de suportar as perspectivas fiscais. Foi a primeira elevação de uma "nota" da Fitch em relação ao Brasil desde 2008, quando a agência classificou o país com grau de investimento.
A empresa também avalia que a transição de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidente Dilma Rousseff foi tranquila e não há ameaça à estabilidade econômica, pois o atual governo não indicia que fará grandes mudanças na política econômica.
Os ratings (índices) de propabilidade de inadimplência em moeda estrangeira e em moeda local eram "BBB-" e passaram para a classificação "BBB". O teto do país foi de "BBB" para "BBB+". A classificação de curto prazo também melhorou. O Brasil, no entanto, ainda está longe de receber a nota mais alta na classificação de risco, que é a "AAA".
A classificação "BBB" indica o país como de "qualidade média", para receber investimentos e capaz de honrar com seus compromissos. A nota mais baixa é a "DDD", que indica que um país ou corporação está em atraso com os pagamentos e é pouco confiável para receber investimento.
A Fitch Ratings foi a primeira das três grandes agências de classificação de risco (as outras duas são Standard & Poor’s e Moody’s) a elevar a nota do Brasil (leia comentário do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o tema no link abaixo).