São Paulo – O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta quarta-feira (5) a revisão que fez na economia da Mauritânia no âmbito do empréstimo de três anos da Linha de Crédito Estendido. Os técnicos do FMI concluíram que a economia está fortalecida e aprovou um pedido do governo de aumentar o empréstimo. Com os US$ 16,9 milhões aprovados em 27 de novembro, o total que o FMI já repassou ao país neste programa soma US$ 101,6 milhões. O FMI recomendou, no entanto, que a Mauritânia aumente os esforços para tirar a população da pobreza e para promover a geração de emprego.
De acordo com relatório divulgado pelo Fundo, a Mauritânia tem se mostrado forte e capaz de resistir a choques externos e internos. A economia resistiu à crise que atingiu o país entre 2011 e 2012 e as receitas provenientes da exploração de minério de ferro voltaram a crescer. A previsão é que o Produto Interno Bruto (PIB) encerre o ano com crescimento de 6,2% em relação a 2011, quando já havia crescido 3,9% em comparação com 2010.
Os técnicos do Fundo afirmaram que o país soube enfrentar a crise externa e a seca que atingiu o país, elogiaram os esforços feitos para aumentar a receita e observaram que o país também se beneficiou da entrada de dinheiro em decorrência do aumento da extração do minério de ferro. Segundo relatório, o país também foi beneficiado por uma “excepcional” ajuda dos doadores. Mesmo assim, o FMI afirmou que as prioridades do país ainda são reduzir a exposição da economia a choques externos e estimular um crescimento inclusivo.
“Apesar do sólido desempenho da Mauritânia, o progresso na redução da pobreza e do desemprego continua a ser insuficiente. A infraestrutura é ruim, o ambiente de negócios é desfavorável e o acesso a financiamento para o desenvolvimento do setor privado é restrito. Este segmento continua a ser essencial para diversificar a economia e mantê-la menos dependente de commodities”, afirma o comunicado do FMI.