São Paulo – As importações cresceram mais do que as exportações brasileiras em fevereiro e no acumulado do primeiro bimestre. As compras externas somaram US$ 12,408 bilhões no mês passado, um aumento de 13,7% sobre fevereiro de 2017, pela média diária, ao passo que as vendas totalizaram US$ 17,315 bilhões, um avanço de 11,9% na mesma comparação. Mesmo assim, o saldo comercial ficou positivo em US$ 4,907 bilhões, o maior para o mês desde o início da série histórica, em 1989. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (01) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
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Segundo informações da Agência Brasil, o superávit foi influenciado pela exportação de uma plataforma de petróleo que, no entanto, não chegou a sair do País. A compra foi feita por subsidiárias de empresas brasileiras no exterior e registrada no Brasil como equipamento alugado. De acordo com a agência, é a chamada “exportação ficta” que, apesar do nome, não é ilegal.
No primeiro bimestre, as importações chegaram a US$ 26,607 bilhões, um crescimento de 15,1% em relação ao mesmo período do ano passado, pela média diária. As exportações renderam US$ 34,283 bilhões, um aumento de 12,9%, e o superávit ficou em US$ 7,676 bilhões, um avanço de 5,6% na mesma comparação.
Nos dois primeiros meses de 2018, o Brasil importou mais combustíveis e lubrificantes (43,6%), bens de consumo (20,2%), bens de capital (17,2%) e bens intermediários (8,4%). Cresceram as compras de países da América Central e Caribe, Ásia, União Europeia, Oriente Médio, Mercosul, além dos Estados Unidos.
O País comprou 10,9% mais do Oriente Médio. O desempenho foi impulsionado por itens como petróleo bruto, gás natural, enxofre, polímeros plásticos, óleos combustíveis, querosene de aviação, fertilizantes e alumínio em desperdícios.
Na outra mão, o Brasil ampliou as exportações de manufaturados (32,9%), básicos (1,4%) e semimanufaturados (1,4%). No primeiro grupo, além da tal plataforma de petróleo, aumentaram os embarques de tubos de ferro fundido, máquinas para terraplanagem, tratores, tubos flexíveis de ferro ou aço, bombas e compressores, motores para veículos e partes, autopeças, óxidos ou hidróxidos de alumínio, automóveis, papel, pneus, polímeros plásticos e óleos combustíveis.
Entre os básicos e semimanufaturados, cresceram as vendas de algodão bruto, milho, fumo, carne bovina, farelo de soja, minério de cobre, celulose, alumínio bruto, ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada, madeira serrada, semimanufaturados de ferro ou aço, óleo de soja bruto e ferro-ligas.
Entre os mercados, avançaram as exportações para a União Europeia, América Central e Caribe, Mercosul, Estados Unidos, Oceania e África. Para o Oriente Médio, os embarques caíram 4,2%, em função de menores embarques de açúcar, carne de frango e bovina, soja, tubos de ferro fundido, óxidos ou hidróxidos de alumínio, café, minério de ferro, trigo e aviões.