Rio de Janeiro – Apesar de atingir patamar recorde em maio, ao avançar 1,3% na comparação com o mês anterior, a indústria brasileira ainda registra ritmo de crescimento moderado refletindo as medidas macroprudenciais adotadas pelo governo para redução do crédito, avalia o gerente da Coordenação da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.
"Com esse resultado, a indústria voltou a operar no patamar de março, após a queda de abril. Mas quando se olha mês a mês, o ritmo de produção é mais moderado. Em março, o setor havia avançado 0,3%, no mês passado teve queda de 1,2% e em maio ele compensa esse recuo", explicou.
Segundo Macedo, esse cenário é confirmado pelo índice do acumulado nos últimos 12 meses, que permanece positivo, mas menos intenso com o passar dos meses.
Na passagem de abril para maio, o crescimento foi disseminado entre os diversos setores, atingindo 19 das 27 atividades, com destaque para alimentos (3,9%), produtos de metal (12,8%) e veículos automotores (3,5%). Macedo ressaltou que na indústria automotiva, a produção de caminhões e de autopeças aumentou, enquanto a de automóveis foi prejudicada em função de paralisações e dificuldade na obtenção de matérias-primas.