Da redação
São Paulo – As indústrias brasileiras gastam mais de R$ 1,2 bilhão por ano com tratamento de resíduos, transporte, análises laboratoriais e correção de passivos ambientais. Os números são da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), baseada num estudo da PricewaterhouseCoopers (PwC) com as principais empresas do setor.
O tratamento de resíduos e efluentes industriais consome 35% destes gastos, o que equivale a R$ 433 milhões por ano. Em transporte, gerenciamento e análises laboratoriais, as companhias gastam R$ 412 milhões ao ano, o que é 34% do total. Na correção de passivos ambientais – como, por exemplo, descontaminação de solos e águas subterrâneas, as indústrias colocam cerca de R$ 375 milhões (31%).
O presidente da Abetre, Diógenes Del Bel, afirma que os passivos ambientais tornaram-se uma preocupação crescente entre empresários, dirigentes e acionista. "A exemplo de outros países, a questão já ultrapassou as fronteiras do setor industrial e hoje vem ocupando espaço na agenda dos setores financeiro, imobiliário, de seguros e outros", ressalta.
"Empresas que não têm uma política de gestão ambiental baseada em conformidade, qualidade e segurança invariavelmente formam passivos ambientais, que acabam desvalorizando seu patrimônio e inviabilizando fusões e aquisições e o crescimento dos negócios", conclui Del Bel.