Da Agência Lusa
Brasília – Os investimentos diretos portugueses no Brasil aumentaram 48,9% em 2007, na comparação com o ano anterior, totalizando US$ 519 milhões, informou à Agência Lusa uma fonte do Banco Central (BC).
Os investimentos portugueses representaram 1,5% do total investido por estrangeiros no Brasil no ano passado (US$ 34,6 bilhões).
A maior parte dos investimentos portugueses (US$ 324 milhões) foi aplicada no setor de serviços, com destaque para a área financeira, com o banco Bradesco liderando o ingresso de capitais provenientes de Portugal – US$ 143 milhões.
O Bradesco é parceiro do grupo português Espírito Santo (BES). Os dois bancos mantêm uma parceria que inclui participações cruzadas de cerca de 3% do capital. Além disso, o Bradesco detém 20% do BES Investimento do Brasil.
Na indústria brasileira, os portugueses investiram US$ 53 milhões e, na agricultura, US$ 4 milhões. As operações inferiores a US$ 1 milhão, não discriminadas pelo BC, somaram mais de US$ 80 milhões.
Também se destacaram no ano passado no ranking dos investidores portugueses a Aero LB Participações, do setor de transportes, que aplicou no Brasil US$ 32 milhões; a Alnilan, indústria de artigos de borracha e plástico (US$ 31 milhões); e a White Martins Gases Industriais (US$ 18 milhões).
Portugal passou de 15º maior investidor estrangeiro no Brasil em 2006 para o 14º lugar no ano passado, atrás de Holanda, Estados Unidos, Luxemburgo, Espanha, Alemanha, Ilhas Cayman, Bermudas, França, Reino Unido, Suíça, Canadá, Chile e Bahamas.
Os retornos de investimentos para Portugal totalizaram US$ 230 milhões, dos quais US$ 160 milhões são do Bradesco.
Os investimentos diretos estrangeiros no Brasil registraram recorde no ano passado ao somar US$ 34,6 bilhões, 84,3% a mais do que o ingresso de US$ 18,7 bilhões do ano anterior.