São Paulo – As exportações brasileiras renderam US$ 21,227 bilhões em junho, um aumento de 9,68% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (01) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na comparação 2013/12, foi o maior crescimento mensal registrado este ano.
As importações, por sua vez, somaram US$ 18,833 bilhões, um avanço de 1,5% sobre o mesmo mês do ano passado. Com isso, a balança comercial brasileira apresentou saldo positivo de US$ 2,394 bilhões em junho. Trata-se também do maior superávit mensal do ano.
O desempenho, no entanto, não foi suficiente para reverter o déficit comercial no acumulado de 2013. No primeiro semestre, as vendas externas chegaram a US$ 114,516 bilhões, uma queda de 2,3% sobre o mesmo período de 2012. As compras ficaram em US$ 117,516 bilhões, um acréscimo de 6,68% na mesma comparação. Com isso, o saldo de janeiro a junho está negativo em US$ 3 bilhões.
De acordo com o MDIC, pela média de exportações por dia útil, em junho houve aumento nas vendas de itens básicos, como milho, minério de cobre, soja em grãos, fumo, farelo de soja, carne de frango e carne bovina; e de produtos manufaturados, como plataforma de petróleo, automóveis, hidrocarbonetos, etanol, suco de laranja congelado, veículos de carga, tratores, motores para veículos e partes, e motores e geradores elétricos.
Já os embarques de semimanufaturados recuaram. Caíram as exportações de semimanufaturados de ferro e aço, óleo de soja bruto, ferro fundido, alumínio bruto e ferro-ligas.
Na mão contrária, avançaram as importações de bens de consumo, como bebidas e tabaco, produtos alimentícios, automóveis, produtos farmacêuticos, produtos de toucador, objetos de adorno, máquinas de uso doméstico e móveis; de bens de capital, como equipamento móvel de transporte, maquinaria industrial, partes e peças para bens de capital para a indústria, máquinas e aparelhos de escritório, serviço e científico, e acessórios de maquinaria industrial; e de matérias-primas e intermediários, como itens alimentícios, acessórios de equipamentos de transporte, partes e peças de produtos intermediários, matérias-primas para a agricultura e produtos químicos e farmacêuticos.
Recuram, no entanto, as compras externas de combustíveis e lubrificantes. Isso ocorreu, segundo o MDIC, pela queda do preço e das quantidades importadas de petróleo, gás natural, gasolina, óleos combustíveis e nafta.
Oriente Médio
No acumulado do ano, o Oriente Médio foi o mercado que mais cresceu para as exportações brasileiras. Houve avanço de 8,1% em comparação com o primeiro semestre de 2012, influenciado pelas vendas de bovinos vivos, tubos de ferro fundido, milho em grão, fumo em folhas, café solúvel, soja em grão, açúcar, carne de frango e calçados.