Rio de Janeiro – A queda de 19% no lucro líquido da Petrobras, de R$ 6.201 bilhões, no segundo trimestre do ano, na comparação com o primeiro trimestre, deveu-se, sobretudo, ao efeito da depreciação cambial sobre o endividamento líquido, de acordo com o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa. No período entre janeiro e março, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 7,693 bilhões.
Ele e outros diretores falaram nesta manhã a investidores durante a apresentação dos resultados da Petrobras na sede na empresa, no centro do Rio de Janeiro. Apesar da queda, o resultado reverteu o prejuízo líquido de R$ 1,346 bilhão registrado no mesmo período de 2012. Barbassa explicou que as ações para limitar o impacto do câmbio sobre exportações futuras (contabilidade de Hedge) evitaram perdas de R$ 8 bilhões.
Barbassa ressaltou a contribuição do Programa de Desenvestimento (Prodesin) para o bom resultado das finanças no segundo trimestre do ano, com vendas de 50% dos ativos na África, o que levou ao ganho de R$ 1,9 bilhão, com aumento de caixa de R$ 3,4 bilhões. “Houve elevado lucro operacional com expressivo aumento de geração de caixa. O Prodesin foi importante para aumentar o caixa. Até o segundo trimestre, os desenvestimentos totalizaram US$ 1,8 bilhão”, disse ele.