Brasília – A União, os estados e os municípios economizaram R$ 13,6 bilhões em março para o pagamento de juros da dívida pública, de acordo com Relatório de Política Fiscal divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Banco Central (BC). É o melhor resultado para o mês desde o início da série, em 2001. O Governo Central (Tesouro Nacional, BC e Previdência) economizou R$ 9,676 bilhões e os governos regionais, R$ 4,436 bilhões. Já as empresas estatais registraram déficit de R$ 511 milhões.
Essa economia, conhecida como superávit fiscal consolidado, foi 71,86% maior do que os R$ 7,913 bilhões de fevereiro, mas inferior aos R$ 17,748 bilhões registrados em janeiro. No ano, o superávit primário consolidado do setor público acumula R$ 39,262 bilhões, e nos últimos 12 meses soma R$ 121,9 bilhões, equivalentes a 3,23% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país. A meta do governo é chegar ao fim de 2011 com superávit de R$ 117,9 bilhões.
O relatório do BC destaca, também, que as despesas com juros da dívida atingiram R$ 20,549 bilhões no mês, 7,5% a mais do que os R$ 19,115 bilhões de despesas com juros em fevereiro. No ano, os desembolsos com juros somam R$ 58,945 bilhões, contra R$ 40,490 bilhões em igual período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o total de gastos com juros soma R$ 208,913 bilhões, equivalentes a 5,53% do PIB.
A trajetória crescente das despesas com juros em relação ao superávit primário foi influenciada, principalmente, pelo aumento da inflação nos últimos seis meses e pela retomada do processo de altas da taxa básica de juros (Selic).