Isaura Daniel
São Paulo – O mercado internacional tem importância expressiva para as empresas nacionais de engenharia. De acordo com dados divulgados hoje (03) pelo diretor-adjunto da área internacional da construtora Norberto Odebrecht, Gustavo Assad, no seminário Comércio Sem Fronteiras, na Câmara Americana de Comércio (Amcham), o mercado externo responde por 63,8% das receitas das empresas brasileiras de engenharia. "O mercado mundial de serviços de engenharia é de US$ 500 bilhões", afirmou Assad, referindo-se à demanda global anual do segmento.
O Brasil, porém, segundo o diretor-adjunto, tem apenas por 0,9% do mercado internacional. Os Estados Unidos são o país que tem maior expressão nas exportações globais do setor, com 16,2%, seguidos da França, com 15,5%, da Alemanha, com 11,7%, da Suécia, que tem 9,9% do mercado, e Japão, com 9,2%. Apesar de o Brasil ainda não ter um percentual alto nas vendas mundiais da área, as empresas nacionais do setor têm atuação forte no exterior.
A Norberto Odebrecht, por exemplo, começou a prestar serviços fora do Brasil há 27 anos, com a construção de uma hidrelétrica no Peru. Desde lá fez 500 obras em 30 países diferentes. A empresa está entre as 25 empresas do mundo que mais têm receita proveniente de fora do seu país e a maior exportadora de engenharia do Brasil. A maior demanda hoje por serviços de engenharia no mundo, segundo Assad, está em países em desenvolvimento. "É onde há mais necessidade de obras", afirma.