São Paulo – O mercado de manutenção, reparo e reforma (MRO) de aeronaves no Oriente Médio deve alcançar US$ 3,07 bilhões até 2012, segundo matéria publicada pelo site árabe de notícias financeiras AMEinfo, citando dados da consultoria internacional Frost & Sullivan. Entre as principais causas para o crescimento, segundo a organização, está a expansão das frotas das empresas aéreas da região.
"O setor de MRO precisa focar especialmente na área de turbinas, onde o potencial está muito elevado e é suprida apenas 5% da demanda", declarou ao site o especialista no setor aéreo da consultoria, John Siddharth. Este crescimento, no entanto, está sendo barrado pela falta de mão de obra qualificada em toda a região. O Oriente Médio responde atualmente por cerca de 5% do setor global de MRO.
Uma matéria publicada esta semana pelo jornal The National, de Abu Dhabi, reforça a opinião de Siddharth. De acordo com o jornal, nos últimos três meses a Emirates, empresa aérea de Dubai, assinou dois contratos de manutenção de turbinas com a fabricante britânica Rolls Royce.
O contrato mais recente foi de US$ 2,2 bilhões, para a manutenção das turbinas de 70 aeronaves Airbus A350, que devem entrar em operação no decorrer desta década. Outro contrato, de US$ 1,2 bilhão, foi assinado há cerca de três meses, e incluiu manutenção das turbinas Trent 700 de 27 aeronaves A330 e Trent 800 de 21 aeronaves Boeing 777.
De acordo com o jornal, o setor de MRO deve crescer muito na região nesta década, alcançando US$ 5 bilhões até 2020, devido a pedidos de aeronaves das empresas aéreas Emirates, Etihad Airways e Qatar Airways, totalizando cerca de US$ 110 bilhões.
A fabricante de aviões brasileira Embraer já opera no setor no Oriente Médio. No início do mês, a empresa assinou contrato com a EgyptAir Maintenance & Engineering para manutenção e revisões nas aeronaves comerciais Embraer 170 e 190, no Egito. A empresa também tem contrato com a Falcon Aviation Services, de Abu Dhabi, para manutenção das aeronaves Phenom 100, Phenom 300, Legacy 600 e Lineage 1000. Já a ExecuJet Aviation Group, de Dubai, está autorizada a executar a manutenção dos jatos executivos Legacy 600 e Legacy 650.
*Tradução de Mark Ament