Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Embora a produção nos campos nacionais tenha registrado um desempenho menor, a Petrobras registrou em maio um novo recorde diário de produção de petróleo na Bacia do Espírito Santo – a segunda maior província petrolífera do país, em volume de produção, atrás apenas da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, a maior região produtora.
Na última sexta-feira (15), o novo recorde na Bacia do Espírito Santo foi obtido com uma extração diária de 141,7 mil barris. Esse volume é, segundo a Petrobras, expressivo quando comparado com a média do mês de maio (99,1 mil barris/dia), que já tinha sido 5,7% superior à média de abril (93,7 mil barris/dia).
O recorde registrado no Espírito Santo deve-se, principalmente, ao bom desempenho da plataforma P-34, no Campo de Jubarte, que atingiu a produção de 60 mil barris por dia, sua capacidade máxima.
Apesar de comemorar os resultados obtidos na Bacia do Espírito Santo, a produção total da Petrobras, no Brasil e no exterior, de petróleo e gás natural foi 1% menor que a registrada em abril. Os números indicam que foram produzidos, mês passado, nos campos do Brasil e do exterior, 2.269.503 barris de petróleo e gás natural por dia.
Computada somente a produção nos campos nacionais, a extração de petróleo e gás chegou a 2.024.327 de óleo equivalente – volume também inferior em 1% à média de abril.
Considerando apenas a produção de petróleo dos campos nacionais, a média diária de maio foi de 1.761.432 barris, mantendo-se nos níveis do consumo nacional de derivados e 11 mil barris acima da demanda diária de 2006. A produção de gás natural no Brasil alcançou, em média, 41,8 milhões de metros cúbicos diários, mantendo estabilidade em relação à do mês anterior.
Segundo a Petrobras, a queda de 1% na produção – diferença de 17,4 mil barris em relação à média de abril – ocorreu devido à transferência para maio de paradas programadas de plataformas na Bacia de Campos, antes previstas para fevereiro.
Além das paradas programadas na Bacia de Campos, ocorreram problemas operacionais no mar de Sergipe, onde o duto que liga os campos de Guaricema e Dourado à terra se rompeu, além de problemas no compressor de gás instalado na plataforma P-34. “O gerador de energia que abastece o compressor não funcionou, e sem o compressor não é possível extrair o petróleo”, informou a estatal brasileira.
Também contribuem negativamente para o resultado os problemas técnicos que afetaram a produção do navio Sheillan, uma FPSO – plataforma que produz, processa, armazena e escoa o petróleo.
A Petrobras voltou a afirmar que – com a entrada em produção, no segundo semestre, das plataformas P-52 e P-54 (Campo de Roncador, na Bacia de Campos) e da plataforma do Campo de Piranema (Bacia de Sergipe-Alagoas) – a produção de petróleo da Petrobras deverá atingir, no final do ano, a marca dos 2 milhões de barris por dia.
Para junho, segundo a estatal, está assegurado um significativo aumento da produção de petróleo, com entrada de novos poços e superação dos problemas operacionais ocorridos em maio.