Rio de Janeiro – A produção industrial brasileira cresceu 2,9% no primeiro mês de 2014, em comparação com dezembro de 2013, divulgou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal. O resultado interrompe trajetória de queda que começou em novembro, com -0,6%, e se repetiu em dezembro, com -3,7%.
"É claro que você tem um início de ano com uma melhora de ritmo da produção industrial, que está num patamar melhor. Foi um crescimento importante, numa magnitude elevada, mas não recupera o saldo perdido no fim do ano. E é importante observar que foi um crescimento disseminado", disse o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo. Ele ressaltou, porém, que avanço não foi suficiente para compensar as perdas do final do ano passado.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, no entanto, houve queda de 2,4% em janeiro. A taxa acumulada dos últimos 12 meses apresenta alta de 0,5% na produção, mas a média móvel trimestral registra recuo de 0,5%.
A indústria de bens de capital foi a que mais cresceu de dezembro para janeiro, com alta de 10%. A de bens de consumo apresentou alta de 2,3%, sendo 3,8% nos bens duráveis e 1,2% nos semiduráveis e não duráveis. Os bens intermediários tiveram crescimento de 1,2%. Nos últimos 12 meses, com exceção dos bens de capital, que acumulam alta de 12,1%, as outras categorias de uso somam quedas de 0,2% a 1%.
A pesquisa mostra que 17 dos 27 ramos tiveram aumento na produção de janeiro em relação a dezembro. A indústria farmacêutica, com alta de 29,4%, foi uma das principais influências positivas, assim como a de veículos automotores, que, com 8,7% de crescimento, interrompeu uma tendência negativa que vinha se repetindo desde outubro.
A indústria de fumo está entre as que se destacaram por perdas na produção, com queda de 47,6%. Também puxaram o resultado para baixo as indústrias de outros produtos químicos (-2,5%), álcool (-2,2%) e produtos de metal (-2,7%).