Da Agência Brasil
Rio – A taxa de investimentos no Brasil ficou em 21% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano. Este é o melhor resultado em todos os terceiros trimestres desde 1991. Segundo a economista da Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, o bom desempenho é reflexo dos crescimento dos setores de máquinas e equipamentos e da construção civil, que após três anos de queda estão se recuperando este ano.
"Além disso, no ano passado a gente estava com uma taxa de investimento muito baixa. Então, na verdade, é claro, que crescendo tem que aumentar essa taxa de investimentos, também, até para poder crescer futuramente", acrescentou.
Para Rebeca, a elevação da taxa de investimentos não está influenciada pelo aquecimento da economia no final do ano. "Essa taxa como se compara apenas com os terceiros trimestres ela não está influenciada pelo ritmo de Natal. É um fenômeno que está acontecendo realmente ao longo desse ano", afirmou.
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano trouxe desempenho positivo também na taxa de poupança do país. No período, ficou em 25,3%, a maior desde 94, quando foi 27,3% do PIB. A economista afirma que este número reflete a relação da economia brasileira com o resto do mundo, em particular, na balança comercial e na balança de serviços, que ajudaram no crescimento do PIB.
"O que sobra dos seus recursos após fazer uma despesa de consumo final ainda é alta por isso a taxa de poupança bruta está alta", afirmou.