Da Agência Brasil
Rio – A Transpetro realiza amanhã (16), no Rio de Janeiro, audiência pública para recebimento das propostas dos grupos interessados em participar da fase de pré-qualificação para construção de 42 navios petroleiros, com custo estimado em US$ 1,9 bilhão. Segundo a empresa, até hoje 77 empresas adquiriram o edital de pré-qualificação do programa de modernização e expansão da frota marítima da subsidiária da Petrobras.
De acordo com a Transpetro, o número de editais vendidos até o momento demonstra que o programa despertou grande interesse. Boa parte dos 77 grupos que estão se candidatando ao programa é constituída de tradicionais estaleiros do país, gigantes mundiais da construção naval, indústria de peças e empresas de outros setores interessados em investir na construção de navios de grande porte.
A assessoria de imprensa da Transpetro disse que esse programa da companhia significa a revitalização no país do segmento de construção de grandes navios, paralisado há seis anos. No mercado mundial, a carteira atual é de 4,2 mil embarcações desse porte. Os grandes construtores de navios petroleiros, que são a China, Coréia e Japão, estão hoje com sua capacidade de produção esgotada e só aceitam encomendas para 2010, informou a Transpetro.
Investidores coreanos e japoneses estão interessados em participar do programa, mas conforme estabelece o edital, terão que construir no Brasil, atendendo ao compromisso firmado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, com índice de nacionalização de 65% e a preços e prazos internacionalmente competitivos.
Lançado pela Transpetro em novembro último, o edital visa selecionar companhias ou consórcios de empresas que construam no país navios dos modelos Suezmax, Aframax, Panamax, Produtos e GLP. As obras podem ser financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em até 90% do valor de cada embarcação, utilizando recursos do Fundo de Marinha Mercante. A amortização será em 20 anos, com juros de 4%/ano.
Segundo a Transpetro, só a construção de 22 dos 42 navios criará 20 mil empregos.