São Paulo – Para enfrentar dificuldades econômicas sérias nos anos de 2015 e 2016, a Tunísia precisa de uma taxa de crescimento de 6% a 7%, disse nesta quinta-feira (26) o ministro da Economia e Finanças do país, Hakim Ben Hamouda, segundo informações da agência de notícias Tunis Afrique Presse (TAP).
De acordo com a agência de notícias pan-africana Panapress, Hamouda afirmou que os problemas econômicos de seu país persistem e que é necessário um esforço conjunto de todos os interessados para superá-los. O ministro deu as declarações durante um seminário sobre serviços financeiros na nação árabe.
Tais esforços, segundo ele, devem permitir o relançamento da economia e fazer com que a Tunísia torne-se um país emergente da bacia do Mediterrâneo.
A previsão de crescimento da economia para este ano, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), é de 2,8%, com aceleração para 4,2% em 2015.
As dificuldades econômicas da Tunísia se arrastam há anos e foram o estopim do levante popular que derrubou o então presidente Zine El Abdine Ben Ali, em janeiro de 2011, dando início à chamada Primavera Árabe.
Um dos principais problemas do país é o desemprego, principalmente entre os jovens – fato que se repete em outras nações árabes -, aliado a uma taxa de crescimento até agora incapaz de gerar os postos de trabalho necessários.
A Tunísia enfrenta também problemas em suas contas, com déficits fiscal e externo elevados, embora entidades multilaterais como o FMI reconheçam que o país tem conseguido manter a estabilidade macroeconômica, apesar dos problemas políticos que enfrentou e do contexto econômico internacional ruim.
Do ponto de vista do financiamento externo, a Tunísia tem recebido empréstimos de instituições como o FMI e o Banco Mundial. O Fundo, no entanto, condiciona a liberação de parcelas à realização de metas fiscais.