São Paulo – As exportações brasileiras de carne de frango cresceram 9,8% em volume para o Oriente Médio e 30% em receita de janeiro a julho deste ano sobre igual período de 2012, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (21) pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef). Foram embarcadas 870 mil toneladas, o que gerou faturamento de US$ 1,864 bilhão. O Oriente Médio seguiu sendo o principal destino do produto brasileiro.
As exportações do setor como um todo caíram 3,1% em volume e cresceram 8,8% em receita. A quantidade exportada foi de 2,23 milhões de toneladas e o faturamento foi de US$ 4,7 bilhões. O Oriente Médio foi uma das poucas regiões para onde as vendas tiveram desempenho positivo. Para a Ásia os embarques somaram 626 mil toneladas, com queda de 28,4%, e a receita foi de US$ 1,392 bilhão, com aumento de 0,8%.
As vendas para a África caíram 17,3% para 299 mil toneladas e a receita também caiu, em 8,7%, para US$ 436 milhões. No continente também ficam alguns países árabes compradores de carne de frango do País, como o Egito e a Líbia. A União Europeia recebeu 235 mil toneladas em carne de frango do Brasil, o que significou uma retração de 10%. A receita das vendas para lá, de US$ 653 milhões, teve queda de 7,4%.
As exportações de cortes de frango tiveram queda de vendas em volume, mas crescimento de receita. As de frango inteiro cresceram em quantidade e em faturamento. E as vendas de frango industrializado caíram em volume e em receita. Os estados do Paraná e de Santa Catarina lideraram as exportações de carne de frango de janeiro a julho.
A Ubabef divulgou também nesta quarta-feira um estudo mostrando que o segmento poderia ter ganhado mais mercado se não fossem os altos custos industriais. O estudo foi feito em parceria com a consultoria Agro.Icone e segue dados apurados junto a empresas que representam 70% da produção avícola nacional. Segundo o levantamento, os custos mais relevantes, que impedem o avanço do setor, são de mão de obra, embalagem e investimentos.
De acordo com a Ubabef, o Brasil reduziu sua participação nas exportações mundiais de carne de frango de 39% no período 2005-2008 para 37% na fase 2009-2012. O Brasil poderia ter tido receitas adicionais de US$ 1,650 bilhão e gerado cerca de 94 mil empregos diretos e indiretos nos últimos quatro anos se não fosse a perda de competitividade das exportações. O trabalho será apresentado durante o Salão Internacional da Avicultura (SIAV), que acontece entre os próximos dias 27 e 29, em São Paulo.