Da Agência CNI
Porto Alegre – As exportações gaúchas cresceram 7% em março deste ano em relação ao mesmo mês de 2005. A taxa é inferior ao crescimento médio de 23% registrado nas exportações nacionais. Apesar do aumento registrado em março, as vendas externas do Rio Grande do Sul tiveram uma queda de 3% no primeiro trimestre de 2006 na comparação com igual período de 2005.
"As altas registradas em fevereiro e em março ainda não foram suficientes para compensar a queda de janeiro. O crescimento de março, no entanto, mostra que o momento ruim registrado no primeiro mês deste ano foi interrompido", disse hoje (26) o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre.
O desempenho das exportações brasileiras em março deste ano na comparação com o mesmo período de 2005 foi influenciado, especialmente, pela venda de aviões e de minério de ferro. O Rio Grande do Sul se mantém em quarto lugar entre os estados brasileiros que mais exportam, com embarques de US$ 2,2 bilhões no primeiro trimestre do ano.
São Paulo continua na liderança, com o volume de US$ 9,6 bilhões; seguido por Minas Gerais, com vendas externas de US$ 3,4 bilhões; e Rio de Janeiro, com US$ 2,5 bilhões.
Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior mostram ainda que, dos 18 gêneros da indústria gaúcha analisados no primeiro trimestre do ano, os melhores desempenhos foram registrados pelos setores de refino de petróleo, de material elétrico e de comunicação e o de metalurgia básica. Os segmentos em que as vendas externas caíram foram os de química, fumo, máquinas e equipamentos e carne de frango.
Estados Unidos, Argentina e Chile continuam sendo importantes mercados para o Rio Grande do Sul. No entanto, as exportações do primeiro trimestre deste ano, em relação aos três primeiros meses de 2005, caíram para os três países. Os Estados Unidos registraram queda de 14%, mantendo a tendência de diminuir a participação relativa no total das exportações gaúchas. As vendas para Argentina tiveram redução de 1% e para o Chile, de 11%.
Nas importações, o segmento de matérias-primas e produtos intermediários no Rio Grande do Sul registrou acréscimo de US$ 101 milhões nos três primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento é resultado do aumento de US$ 57 milhões nas compras externas de nafta. Também cresceram as importações de bens de capital.