Da redação
São Paulo – As exportações do agronegócio brasileiro renderam US$ 58,4 bilhões em 2007, um aumento de 18,2% em comparação com o ano anterior. As importações do setor somaram US$ 8,7 bilhões, um crescimento de 12%, o que resultou em um superávit de US$ 49,7 bilhões, o maior da história, segundo dados divulgados hoje (15) pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa).
De acordo com o ministério, alguns dos principais fatores que influenciaram o desempenho foram o crescimento da economia mundial nos últimos cinco anos, resultando em uma maior demanda internacional por alimentos, e o aumento de preços de diversas commodities. O Mapa informa ainda que o uso de produtos agrícolas para a produção de biocombustíveis contribuiu também para o aumento de preços.
As vendas externas de soja, o primeiro item da pauta, renderam US$ 11,38 bilhões. Em segundo lugar, de perto, aparecem as carnes com exportações de US$ 11,29 bilhões, um aumento de 30,7% em comparação com 2006.
Este crescimento, segundo o Mapa, foi influenciado pela forte demanda em países da Ásia e do Oriente Médio. A maior procura fez com que a quantidade de carnes embarcada aumentasse 15,5% e os preços fossem majorados em 6% no caso da carne bovina, 24% no do frango in natura e 2,9% no da carne suína.
O ministério destaca a recuperação das vendas de frango, após um período de baixa no mercado por conta do medo da gripe aviária. As exportações de frango renderam US$ 4,2 bilhões no ano passado, 44,3% a mais do que em 2006.
Outro destaque, segundo o ministério, foi o milho. O Brasil embarcou 10,9 milhões de toneladas do produto, um crescimento de 178% em relação a 2006. Houve também aumento do preço médio do milho, que saiu de US$ 117 para US$ 172 por tonelada.
Um dos segmentos mais tradicionais do agronegócio brasileiro, no entanto, viu os preços de seus produtos caírem. O aumento da oferta no mercado internacional, segundo o Mapa, fez com que os preços do açúcar e do álcool diminuíssem de US$ 327 para US$ 263 e de US$ 587 para US$ 523 por tonelada, respectivamente.
Destinos
O principal destino das exportações do agronegócio foi a União Européia, com negócios no valor de US$ 20,8 bilhões, um aumento de 31,1%. Em seguida vêm os países asiáticos, com importações de US$ 11,2 bilhões; a América do Norte, com US$ 7,3 bilhões; o Oriente Médio, com US$ 4,7 bilhões; a África, com US$ 3,8 bilhões; as nações latino-americanas excluindo as que compõem o Mercosul, com US$ 2,6 bilhões; e os demais países do Mercosul, com US$ 1,7 bilhão.
Por países, os maiores compradores, sempre de acordo com o Mapa, foram os Estados Unidos, com importações de US$ 6,4 bilhões; a Holanda, com US$ 5,4 bilhões; a China, com US$ 4,6 bilhões; e a Rússia, com US$ 3,3 bilhões.

