São Paulo – O aumento de preços ao consumidor urbano caiu drasticamente no Egito em fevereiro, com a taxa anual ficando em 12,8%, abaixo dos 24% de janeiro. Os dados são da Agência Central de Mobilização Pública e Estatística do Egito publicados em notícia do site do jornal Arab News nesta segunda-feira (10).
A agência de estatísticas observa que esse é um efeito de base, com os aumentos de preços excepcionalmente altos observados nos últimos dois anos não influenciando mais a taxa. Na prática, significa que na base de comparativo, ou seja, no período dos 12 meses anteriores, os preços já estavam altos e agora não avançam mais tanto sobre o atuais meses de análise.
No mês de fevereiro, individualmente, houve inflação de 1,4%, mas ainda assim o percentual foi um pouco abaixo do 1,5% de janeiro. Essa foi a quarta vez, nos últimos sete meses, que a inflação desacelerou no Egito, depois de um período de aceleração do aumento de preços, deflagrado em agosto de 2023.
De onde vem a inflação?
A pressão inflacionária do ano passado foi impulsionada principalmente pelo aumento dos preços dos combustíveis, tarifas mais altas de transporte público e crescimento de 300% do preço do pão subsidiado em maio, marcando o primeiro aumento desse tipo em mais de 30 anos no país. Já a desaceleração de fevereiro está ligada a uma queda de 8,2% nos preços dos vegetais e custos de água, eletricidade e gás estáveis, além de outros fatores.
Leia também:
Consumo cresce na Arábia Saudita antes do Ramadã