Da redação
São Paulo – As exportações brasileiras de carne suína renderam US$ 55,219 milhões em abril, 103% a mais do que o valor registrado em abril de 2003, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs). Os embarques somaram 40,7 mil toneladas, um aumento de 54% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em relação a março deste ano, houve uma redução de 2,2% nas receitas cambiais e de 4% nas quantidades embarcadas. No acumulado do ano, houve um aumento de 21,6% no faturamento, que chegou a US$ 173,6 milhões, e de 8% nas quantidades, que somaram 131.706 toneladas.
De acordo com informações da Abipecs, o aumento de apenas 8% nos embarques ainda reflete o sistema de cotas de importação imposto pela Rússia, que é a maior compradora da carne de porco brasileira. No entanto, segundo a associação, os fornecedores europeus estão com dificuldades para preencher suas cotas, o que está levando os importadores russos a buscarem os exportadores brasileiros.
Sempre de acordo com a entidade, o preço médio do produto continua a aumentar no mercado internacional Chegou a US$ 1.357 por tonelada em abril, um aumento de 32% em relação ao mesmo mês de 2003. A média dos quatro primeiro meses do ano ficou em US$ 1.319 por tonelada, também 32% a mais do que nos mesmo período do ano passado.
Isso, segundo a Abipecs, ocorreu por causa do aumento das vendas de carne em cortes, que é um produto de maior valor agregado.
Houve também diversificação de mercados. De acordo com a associação o número de países importadores passou de 32 em janeiro, para 43 em fevereiro, 56 em março e 62 em abril.
Os maiores aumentos ocorreram nas vendas para a África do Sul, que importou 5.660 toneladas no primeiro quadrimestre, ou 141% a mais do que nos primeiros quatro meses de 2003, e para o Uruguai, que comprou 3.297 toneladas no período, um crescimento de 17%.
Além da Rússia, houve queda também nas exportações a Hong-Kong, Cingapura, Argentina e Holanda, que também são tradicionais compradores do Brasil, segundo a Abipecs.