Alexandre Rocha
São Paulo – As rodadas de negócios realizadas entre empresários brasileiros e estrangeiros durante a 71ª ExpoZebu, que foi realizada entre os dias 29 de abril e 10 de maio em Uberaba (MG), resultaram em possibilidades de negócios no valor de R$ 630 mil. As rodadas foram realizadas pelo consórcio Brazilian Cattle Genetics, formado por empresas de biotecnologia, e que atua na promoção das exportações de gado vivo, sêmen e embriões bovinos, serviços de melhoramento genético, sementes para pastagem e produtos veterinários.
No entanto, de acordo com o assessor de relações internacionais do consórcio, Guilherme Rocha Soares, o valor dos negócios potenciais deve aumentar. Os resultados fechados só serão conhecidos na segunda quinzena de junho, após as empresas associadas apresentarem os relatórios do desempenho que tiveram durante a feira como um todo, e não só nas rodadas.
Soares acredita que o montante total de negócios com estrangeiros pode chegar a US$ 3,5 milhões, tomando como base o movimento da feira de 2004, na qual os contratos somaram US$ 3,2 milhões. "Todas as empresas já informaram que este ano foi melhor", garantiu.
Ao todo, passaram pelo "Salão Internacional" da ExpoZebu 531 estrangeiros de 28 países, entre eles Estados Unidos, China, Venezuela, Egito, Austrália, Angola, Holanda, Itália, África do Sul e México. De acordo com Soares, porém, o maior volume de negócios deve ser confirmado com empresários de países sul-americanos, além de Angola.
Ele acredita, no entanto, que há um grande potencial no Egito e na China. "Se o Brasil tivesse estes dois mercados não precisaria trabalhar para ninguém mais", declarou. No caso do Egito, ele avalia que existem demanda para se exportar 10 mil cabeças de gado vivo por mês. "Além de ser uma porta de entrada para outros países árabes, eles têm interesse em importar o animal vivo para o abata ritual (halal) e também para utilizar mão de obra local", destacou.
Mas para que os negócios comecem a ocorrer, o Brasil e o Egito precisam assinar um acordo sanitário. Já existem tentativas em torno de um protocolo para o comércio de animais vivos.